sexta-feira, 6 de abril de 2012

GOVERNO SURREALISTA



Depois de tantos meses o Ministro das Finanças ter dito que o 13.º e 14º meses só seriam retirados em 2012 e 2013, vem agora Passos Coelho dizer nestes últimos dias que a reposição desses salários, que nos foram roubados, só seriam repostos mas gradualmente em 2015.
No entanto Vitor Gaspar tem vindo a dizer, face aos receios dos milhões de portugueses, que não estão previstas novas austeridades.
Ontem na Assembleia da República, foi Vitor Gaspar instado a dizer qual a verdade, se a sua ou da do primeiro Ministro.
Muito seráficamente disse que não tinha sido compreedido pelos deputados (e aqui passou um atestado de ignorância aos mesmos) pois que o corte seria efectuado durante o período do programa da troika.
Então, com seu ar mais cândido e seu ar de retardado disse que ia explicar "muito lentamente" que depois de 2014 era obviamente o 2015.
Depois desta brincadeira (só pode ser isso) imediatamente me veio à lembrança o Almirante Américo Tomás que nos cortes de fita e ao discursar dizia coisas como " hoje é terça feira porque ontem foi segunda feira, portanto amanhã será quarta feira".
Todos nós nos lembramos dessa figura ridícula que felizmente é já do passado.

Segue o que o Diário de Notícias nos disse hoje:




Pacheco Pereira acusa o primeiro-ministro de "má-fé" ao ter estendido o corte nos subsídio. No programa "Quadratura do Círculo", o antigo dirigente social-democrata reagia assim ao anúncio de Passos Coelho, à rádio Renascença, de que os subsídios de Natal e férias vão ser repostos apenas em 2015.
"É evidente a má-fé do primeiro-ministro, que prometeu e não cumpriu", ao ter estendido o corte nos subsídios de Natal e de férias até ao final da vigência do programa de assistência financeira a Portugal", considera Pacheco Pereira.
No programa "Quadratura do Círculo" da SIC Notícias, Pacheco Pereira disse desconfiar que sejam razões eleitorais a levar o Governo de Pedro Passos Coelho a tomar tal decisão.
"Para já, não é aquilo que foi prometido. Segundo, se não é aquilo que nos foi prometido, ou seja que o corte seria absolutamente extraordinário e corresponderia ao período de intervenção da "troika", ou seja, em 2013 - não é em 2014. Em 2014 as pessoas já deviam ter direito a receber o seu subsídio conforme estava previsto".
O comentador considerou ainda: "se se diz que as condições económicas não o permitem, também era possível saber isso há um ano. Mas se as condições económicas não o permitem, por que razão é que nos é feita uma oferta para 2015, em que nada indica que as condições económicas o vão permitir? Só pode ser por razões eleitorais."











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